sábado, 23 de fevereiro de 2008

O vermelho




Os factos e argumentos nos levam a lugares imagináveis, nos surpreendendo a cada vento. Os argumentos necessitam dos factos para ter uma lógica, já os factos precisam dos argumentos para serem sustentáveis e adquirirem uma completa perfeição.

Mas tudo se torna irritante e insuportável quando os argumentos se viram contra os factos e vice-versa. Nesse barco prefiro mil vezes saltar para o mar. Melhor morrer no meio das águas do que num universo de mentiras e verdades, onde verdades se tornam mentiras e as mentiras transformam-se em verdades e acaba por ser um jogo sem sentido.

Mas quem me dera eu ter pensado antes, em não entrar nesta vida cheia de complicações, onde os anjos se tornam maus e os maus se tornam bons mas que tudo é um teatro e que são todos uns hipócritas.

Se a mulher é aquilo que agora vejo, eu me lembro e penso dos momentos de criança em que gastava o meu tempo a imaginar como seria a minha “menina”, nos poemas que sempre sonhei em escrevê-la, nas músicas que sempre pensei em cantá-la.

Hoje tudo é uma desilusão...

Quem me dera quando “puto” alguém me ter dito que o mundo não era assim como é hoje, que isto não é um mar de rosas como via nas novelas, mas que tudo é um lixo inútil. Estou aborrecido por ver o que nunca pensara em ver.

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