sábado, 15 de maio de 2010

Os Madjermanes e a Infinita Injustiça

Este foi mais um dia de luta para aquelas dezenas de pessoas que depois de terem regressado da antiga República Democrática Alemã, passaram a ser desprezadas e marginalizadas pelo governo da Frelimo. Depois de tantos anos de trabalho nas terras do velho continente, o nosso governo desempenha o papel de um regime tirano que excusa-se a pagar pelo suor de gente que trabalhou e que hoje reclama pelo seu dinheiro. Os ex-regressados da Alemanha, os ‘Majermanes’, quando abandonaram o país rumo à Europa foram na expectativa de conseguir uma vida melhor, não só para eles como para seus filhos e esposas, mas também para o país que os viu nascer, Moçambique. Arriscaram tudo viajando para um país divido onde tinham de aprender um idioma novo e trabalhar para pessoas estranhas, de diferente cultura. Mas o nosso governo, como qual não me identifico, não sabe reconhecer o esforço e empenho empreendido pelos Madjermanes.

Do Jardim dos Madjermanes até a Assembleia da República ouvi vozes de descontentamento, gente que dizia que esta era a última causa de suas vida, que até a justiça não ser feita nunca irão parar.

Justiça, uma palavra que não existe no dicionário frelimista. Os Majermanes merecem mais do que aquilo que eles reclamam. Merecem o pedido de desculpas, indemnnização e respeito de quem está a frente do país. O sentimento de um madjerman não pode ser descrito em simples palavras. São mais de vinte anos a lutar pelos seus direitos, anos que ultrapassam a idade quem escreve estas palavras.
O povo moçambicano deve de uma vez por todas abandonar o conformismo e o espirito do deixa-como-está, característica esta da Frelimo. Todos nós vivemos a realidade dos majermanes. Todos os dias somos roubados, assassinados, silenciados, corrompidos, humilhados, destratados e enganados pelos lobistas da Frelimo. Chega!!

Moçambique não é nada daquilo que eles dizem. Dizem que a nossa economia está a crescer, mas na prática não se vê nenhum progresso. Dizem que estão a lutar contra a pobreza quando nada fazem. Dizem que a corrupção está a diminuir mas é tudo mentira. Eles só dizem mentiras. E em mentirosos não se deve confiar.

Se o nosso desejo é de ver um Moçambique justo e bom para todos então devemos passar a olhá-lo com olhos de ver. O poder não está com eles, mas sim conosco, o povo. Enquanto a gente persistir em acreditar que em Moçambique não há alternativas políticas, o que não corresponde a verdade, eles nunca deixarão de enriquecer ilicitamente. Estes e todos outros males causados pelo Frelimo tem que ter um fim, mas isto depende de todos nós.
Tomás Queface