quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O inglês deve ser língua oficial

A língua inglesa é a terceira língua mais falada no mundo, apenas atrás do chinês e do hindu. E é a língua mais falada no ocidente. O inglês ganhou hegemonia linguística depois da Segunda Guerra Mundial quando os Estados Unidos da América tornaram-se na maior potência politico-económica mundial.Maputo, Sexta-Feira, 9 de Outubro de 2009:: Notícias

Hoje a língua inglesa é a que mais cresce no mundo em termos do número de falantes. Esse crescimento deve-se à importância que esta língua desempenha actualmente. O inglês é a língua da tecnologia, dos negócios e da ciência. Os telemóveis, computadores, os electrodomésticos, maioritariamente, têm como língua padrão o inglês. As melhores músicas, melhores filmes e os melhores livros são feitos em inglês. Se estamos cientes da grandiosidade que é a língua de Shakespeare então podemos observar que os países que têm como língua oficial o inglês são avançados em termos de conhecimento.

Moçambique é um país rico em diversidade artístico-cultural. Podíamos contar ao mundo as nossas histórias e partilhar os conhecimentos que temos, mas a língua é o principal obstáculo que nos impede de realizar tal feito. Não há comunicação com o resto do mundo. Todos os dias são publicadas por revistas mundiais pesquisas e investigações científicas, mas nós não temos o privilégio de acompanhar essas descobertas em tempo real. Temos, sim, que esperar que os brasileiros ou portugueses façam as respectivas traduções, que chegam a nós meses ou senão anos depois.

Somos um país isolado do resto do mundo devido à língua que falamos. O mundo evolui e nós ficamos sem acompanhar essa evolução.

Sem querer menosprezar a língua portuguesa, esta, do meu ponto de vista, não tem importância a nível mundial. A língua de Camões e de Fernando Pessoa não desperta interesse nas pessoas, diferentemente do inglês e espanhol. Não há ganhos significantes com esta língua.

A China detém a língua mais falada globalmente, o mandarim, mas mesmo assim reconhece que o inglês é a língua com maior influência no mundo dos negócios é de extrema importância para a sua própria economia. A língua inglesa é leccionada a partir do primeiro ano de escolaridade em algumas províncias daquele imenso território. Isto faz com que até a idade juvenil o chinês esteja ligado com o resto do mundo, através da língua.

Moçambique devia seguir o mesmo exemplo, adoptando o inglês como língua oficial a par do português. Este sistema tem o nome de bilingue. O Camarões é exemplo de um país africano que usa este sistema. Ambos, o inglês e o francês, são línguas oficiais, e os camaroneses têm muitos ganhos com isso. Outro exemplo de um país bilingue é o Canadá que tem também como línguas oficiais o francês e o inglês. Ambas as línguas são usadas nas instituições estatais, nas escolas, tribunais sem nenhumas complicações.
Várias pesquisas afirmam que as crianças aprendem facilmente uma língua em relação a um adulto. No nosso caso, a língua inglesa em vez de ser leccionada a partir da sexta classe devia ser leccionada a partir da primeira classe. Mas de algum modo o método de ensino terá de sofrer mudanças significativas. Por experiência própria uma língua aprende-se falando, praticando e não apenas estudando a gramática, embora isso seja essencial.

Estamos num mundo completamente globalizado, orgulhar-se das línguas maternas ou nativas no nível em que estamos é ignorância. Uma das principais funções da linguagem é estabelecer a comunicação. E para que haja comunicação é preciso que todos falem a mesma língua de modo que se entendam.

A abertura do comércio livre na zona da SADC e a livre circulação de pessoas por esta região implicam que as pessoas falem a mesma língua, de modo que haja comunicação entre elas. E como estamos numa zona onde o inglês é predominante, nós devemos dar o primeiro passo. Devemos criar condições de modo a tornarmo-nos num país onde o inglês seja uma língua fluente entre nós. Os países escandinavos não têm o inglês como língua oficial, mas as suas populações falam-na fluentemente. Isto porque os governos locais criaram condições para que as pessoas aprendessem e praticassem esta língua. Eles têm programas radiofónicos e televisivos que são transmitidos em língua inglesa. E este método influencia substancialmente na rápida evolução da língua inglesa naquela região do continente europeu.

Em suma, a língua é um factor importantíssimo para o progresso de um indivíduo e de uma nação. A humanidade não pode estar mais dividida em línguas, religiões ou países nas sim todos devemos estar ligados, só assim é que a humanidade, constituída por todos nós, irá progredir em conjunto. Um passo importante que Moçambique pode dar de modo a lançar-se no mundo é adoptando o inglês como língua oficial.

Fonte: Jornal Notícias

12 comentários:

Abdul Karim disse...

Queface,

Banco de suplentes,

Aprovadissimo.

Tomás Queface disse...

Obrigado pela visita!

Teo Mambo disse...

100% de acordo.
Pena e que os que decidem nao conseguem ter tamanha visao.
Ha uma chance que se aproxima, a da revisao da Constituicao, que poderia muito bem acomodar essa questao.
Mocambique nao tem nenhuma hipotese de se integrar, se nao falar ingles.
Todos os nossos vizinhos falam ingles.
E ha muitos mocambicanos que falam ingles, mas que como nao ha estimulo externo, acabam por se definhar.
E preciso uma politica de lingua muito bem planeada, faseada, e com investimento. Julgo que nao faltara dinheiro para programas desse tipo.
Os meus respeitosos cumprimentos e parabens pela lucida e profunda analise.

Raúl Francisco Supaia disse...

É possivel que alguns estejam conspirando para que isso não aconteça. Mas seria um passo afrente e outro atras, pelo respeito que tenho a patria, gostaria que isso se torne uma maquina de descobertas. Apesar de tudo, ainda falta muito por ganhar e perder para que isso mude o sabor do portugues em inglês.

Mark disse...

Boa noite,

Permita-me que discorde integralmente do seu texto. Moçambique deverá estimular o ensino da língua inglesa, uma vez que se trata de um idioma importante no cenário internacional - é a língua franca dos negócios e da economia. Contudo, pode-se falar de estimular a sua aprendizagem sem a oficialização. Moçambique nunca pertenceu ao império britânico e jamais manteve laços históricos com o Reino Unido. Não faria sentido algum oficializar uma língua que em nada está relacionada com o povo moçambicano. O meu pai é moçambicano, logo, sei do que falo.

Adiante, parece-me que retiro das suas palavras algum ressentimento para com Portugal. Evidentemente, nenhum colonialismo é bom; o colonialismo inglês também não o foi.

Moçambique não está "isolado" pela língua que fala: veja-se o Brasil, rodeado de países de língua castelhana e, mesmo assim, aumenta gradualmente o seu status a nível internacional! Aliás, a irrelevância que atribui à língua portuguesa é falsa: a importância do português aumenta progressivamente com o desenvolvimento económico do Brasil e de Angola, nomeadamente.

Concluindo, as línguas não se mudam ao nosso bel-prazer; a língua de um país é um elemento identitário e a língua portuguesa não poderá ser substituída pela oficialização artificial de qualquer outra.


Fique bem.

Anônimo disse...

Muito bem Mark, muito bem mesmo..

Rui Azevefo disse...

Azevedo.jose.rui@sapo.pt , para além disso Markl, a língua diferencia Moçambique, como o Congo e outros, caso contrário África seria homogénea!!!! "sem sal", já agora, porque não colocar, por exemplo, os Macondes e outras culturas a falar a língua inglesa e a cantar baladas irlandesas???? ou acabar com a Marrabenta e só haver Rock? Abraço Tomás, lembre-se, pelo princípio que referiu, dentro de 20 anis estamos todos a falar chinês, às tantas era melhor adiantarem -se já.

khajad disse...

o meu objectivo nao é descordar ou concordar, o ingles esta revistido da sua importancia e tem os seus ganhos a niveis individual e geral enquanto um pais. Mais nunca devemos nos esquecer que o nosso pais e tem origem bantu, e a lingua portuguesa foi adoptado como lingua oficial para facilitar a comunição entre nos. E agora introduzir outra lingua como oficial no acho necessario porque as nossas linguas bantu pouco falamos e ate a os que ainda disse que nao fala o que é triste. Este é o momento de porcurar formas de criar gramaticas e decionarios tipicamente do portugues mocambicanos tendo em conta da influencia exercida pelas linguas bantu.
Bom dia tenham todos um bom domingo.

Tony Pacheco disse...

Quem disser que moçambicanos e angolanos dominam e falam fluentemente o Português está mentindo. No dia-a-dia estas pessoas falam suas línguas ancestrais. Tomás Queface está certo: sou brasileiro e reconheço que a língua portuguesa é um entrave ao conhecimento. No Brasil, todos os membros das elites dominantes são educados também em Inglês. Só nos colégios públicos, onde o povo estuda, é que impera o Português. Só que no Brasil é impraticável uma mudança radical para uma língua como a inglesa, porque temos 208 milhões de pessoas. Mas, Moçambique poderia fazer esta ponte, sem abandonar o Português, mas estabelecendo o Inglês como segunda língua oficial. Queface, você é sábio e vê além de sua aldeia. Parabéns!

Arsénio Macaliche disse...

"As melhores músicas, melhores filmes e os melhores livros são feitos em inglês". A sério? Mesmo “sem querer menosprezar a língua portuguesa” o texto está imbuído de grandes preconceitos em relação a Portugal e à nossa história conjunta. Um país não se desenvolve por tornar o Inglês a sua língua oficial. Com ou sem o Inglês como língua oficial, “acompanhar a evolução” depende de muitas outras coisas conjugadas.

Segundo as nações unidas a Noruega, Suíça, Dinamarca, Holanda, Alemanha, Liechtenstein, Suécia, Israel, Luxemburgo, Japão fazem parte do grupo de 20 países mais desenvolvidos do mundo. Nenhum deles tem o Inglês como língua oficial. O que se faz nestes países é ter uma política linguística que incentiva a aprendizagem e o conhecimento do inglês, seja pela sua integração desde muito cedo na escola, ou por abordagens como ter legendas nos programas de televisão e filmes, em vez de fazer a “dublagem” como se faz muito no Brasil. Entre outras coisas.

Ou seja, a política linguística é muito mais do que tornar uma língua oficial, e promover uma língua não se resume a torna-la oficial. Em Moçambique só o Português é língua oficial, mas o Estado valoriza e promove o uso das línguas nacionais de origem banta a partir de programas de televisão, rádio, ensino nas escolas, etc. Tal como já se aprendem o Inglês e o Francês (quando fiz o ensino secundário creio que aprendia-se o inglês a partir da oitava classe e o francês a partir da décima segunda classe). O Inglês e o francês são as duas línguas oficiais do Canadá por razões históricas, e até hoje se discute se o Quebec deve tornar-se num país independente.

O Inglês é importante mas é ridículo argumentar que “somos um país isolado do resto do mundo devido à língua que falamos. O mundo evolui e nós ficamos sem acompanhar essa evolução”. Veja quantos países tem o inglês como língua oficial e nem por isso estão mais “evoluídos” que Moçambique (Eritreia, Serra Leoa, Sudão do Sul, etc.). E tanto quanto sei, o Francês e o Alemão também são línguas “da ciência”, entre outras.

Portanto, aprender o inglês mais cedo? Talvez. Inglês como língua oficial? Ridículo. Promovam-se antes as línguas maternas da maior parte dos moçambicanos a este estatuto, tal como na África do Sul Xhosa, Zulu, Tsonga (o nosso Xichangana) Ndebele, Sotho, Swazi, Tswana e Venda também são oficiais ao lado do Ingles e do Afrikaans), para que as pessoas possam, por exemplo, exigir ter assistência jurídica, programas noticiosos, informação oficial e assistência hospitalar nas línguas que elas falam, e não na língua que alguns “iluminados” míopes acham que é a língua da “evolução”.

Giljonnys Dias da Silva disse...

Está é história de um rapaz que fala inglês no Maranhão como língua materna.Oficializar uma outra língua não significa eliminar o usado oral do Português, pelo contrário abri-se-á muitas portas para quem não fala inglês.

Uma História Baseada em Fatos Reais
Olá, me chamo Giljonnys Dias da Silva, e esta é a minha história. Nasci em 8 de maio de 1986 em Lago da Pedra, Maranhão-Brasil. Falo duas línguas maternas – inglês americano e português brasileiro. Sou o segundo filho de uma família de seis pessoas. O nome de minha mãe é Ana Dias da Silva, e de meu pai Zaqueu Pinto da Silva Lopes. Tenho um irmão chamado Gildeão Dias da Silva, e duas irmãs, o nome da mais velha Jennifer Dias da Silva Lima e da caçula Gillestefanny Dias da Silva.
Tive uma infância infame e sofrida, e de enfermidades e de muita discriminação, quer por causa de doenças ou outros fatores sociais, e fui alfabetizado em inglês em minha infância da qual considero minha língua materna. Sempre fui discriminado por falar e escrever em inglês desde minha infância, e por gostar de ler muito. Meus amigos eram meus livros e cadernos. Como não me enturmava com outras pessoas de minha idade ou mais velhas de que eu, sempre fui reservado e isolado dos outros. Sou diferente de meu irmão e de minhas irmãs. Sou uma pessoa que não se enturmar com quem eu não tenho intimidade e afinidade, e para mim, só considero minha família só cinco pessoas (minha mãe Ana Dias da Silva, meu pai Zaqueu Pinto da Silva Lopes, meu irmão Gildeão Dias da Silva, minhas irmãs Jennifer Dias da Silva Lima e Gillestefanny Dias da Silva, meu cunhado João Paulo Lima e meus sobrinhos). Só converso com pessoas de minha família, sendo a única exceção quando estou no trabalho, da qual é necessário interagir com outras pessoas, portanto sem nenhuma intimidade e afinidade com pessoas que não são de minha família.
Os fatores que me levaram a recordar as lembranças de minha infância é que sempre sofri racismo, xenofobia, discriminação linguística e social por falar e escrever em inglês, e tratado de forma injusta por não ter uma boa aparência (por ser considerado muito feio). Fui espancado e violentado várias vezes quando criança e adolescente por pessoas que não eram de minha família também. Atualmente tenho 30 anos. E apesar de ter sofrido muito na minha infância e adolescência, sempre fui um homem reservado e que só sai de casa para trabalhar. Minhas interações só ocorrem no local de trabalho e em casa, pois não converso com vizinhos e pessoas que não são de minha família. Pois minha cultura é diferente da maioria, e minhas crenças também. Não sou nem católico, nem protestante nem de nenhuma denominação religiosa, e portanto, defendo a existência de vida extraterrestre, sim, não acredito na teologia das igrejas, e que para mim o que elas ensinam não passa de mentiras. No entanto, sou contra o abuso de poder, bullying, cyberbullying, crime virtual, roubo de identidade, ameaça de morte, discriminação, envenenamento de pessoas, genocídio, intimidação, calúnia e difamação, discriminação linguística, pedofilia, agressão física, racismo, intolerância, estupro, exclusão social, preconceito social, espionagem, tortura, xenofobia, linchamento, violência doméstica, abuso sexual de menor ou abuso sexual infantil, invasão de privacidade, pornografia infantil, preconceito racial, apologia ao Nazismo, terrorismo, corrupção e todas as outras violações dos direitos humanos.
https://www.facebook.com/authorgiljonnysdias

Como gostaria de contar minha história na rede Globo, SBT, Rede Record e Rede TV, e TV Band em São Paulo e Rio de Janeiro. Este é o número de minha mãe Ana Dias da Silva: 984022836. Ela só usa este número de celular. Como gostaria que minha soubesse o quanto ela é importante. Mandei mensagens para o site do Conversa.Globo da Rede Globo, o site rede TV, o site da Rede Record, para o Facebook do SBT e Rede TV, e para o site da TV Band contando minha história.


https://www.facebook.com/authorgiljonnysdias

Giljonnys Dias da Silva disse...

Olá bom dia, boa tarde, boa noite. Me chamo Giljonnys Dias da Silva. Sou um autor pobre que ganha apenas 250 reais por mês. Moro em Lago da Pedra, Maranhão-Brasil. Visto que não tenho condição financeira para comprar livros e dicionários de inglês monolíngues impressos de vários campos de estudo produzidos de papel, gostaria de saber se vocês poderiam doar-me livros e dicionários de inglês monolíngues impressos de vários campos de estudo produzidos de papel para mim. Ficaria tão feliz pelas suas doações de livros. Podem ser livros velhos. Vocês podem enviar suas doações de livros para o endereço que aparece no meu Facebook. Estes livros seriam os melhores presentes que eu poderia ter ou receber neste mês de Natal ou véspera de Ano Novo. Sei que vocês podem doar-me livros e dicionários de inglês impressos para mim. Esta é a URL de meu Facebook: https://www.facebook.com/authorgiljonnysdias. Este é o número de celular uma pessoa muito importante na minha vida minha mãe Ana Dias da Silva: 984022836.