terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pensando...


A vida me dá mais uma oportunidade de pegar a caneta e o papel para pintar os sentimentos que rodeiam em meus pensamentos e meu coração. Sou grato pela natureza por me ter colocado num lugar que alegra os meus olhos e pensamentos. Mas a maior pena de mim é de ter nascido num lugar que não me pertence. Eu vim a este mundo num momento em que não devia, num tempo que não rima com o meu pensar e idealizar. As minhas ideias contrariam a de todos e isto me afasta cada vez mais desta parte do mundo. Adaptar-se a eles por mais que eu queira talvez não alcance. Mas isto não me impede de viver, de fazer a minha vida e de participar neste mundo. Olho para as estrelas e imagino-me como uma delas, sempre iluminando os caminhos de quem quer sua luz. Imagino me como o vento, empurrando e levantando a tudo quer me aparece pela frente carregando o tempo para outras histórias.
Quero que as minhas palavras digam o que o meu profundo interior pensa sobre o amor. Amor é um adubo que amadurece o coração do homem, tornando-lhe num ser aberto as as beleza da natrureza até dando valor a um simples grau de areia. Amor não é ua coisa, é um sentimento puro, é um sentimento que se compara a um tesouro roubado e que a única maneira de tê-lo é acabar consigo próprio transformando se num novo ser ou um "eu". Amor é um prazer que se demostra num olhar, numa alegria, num sorriso é uma alegria que vem do coração. Eu tenho amor pelo passado e pelo presente. Dou o meu amor as palavras pois elas lêe os meus sentimentos e pensamentos que aos homens dificilmente entendem. Amemos aquilo que achamos que devemos dar valor, sobretudo dá muito valor a vida.
A vida pra mim é uma professora. Com ela aprende quem estiver atento, com os olhos preparados para ver e com a mente instruida para receber a verdade.
A vida é uma desgraça quando um conjunto de males se concentram e se embatem no mesmo período. Caros irmãos, não nos desesperemos nestas situações, luta sempre com tuas forças e acredita que tu podes vence e esses problemas irão passar para trás, tornando-se numa história e numa brilhante experência de vida, como costumo dizer far-se-a numa "lição de vida". Abraços!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Minha amada



Olho para si e vejo os teus cabelos secos
Como o capim queimado da minha terra,
Os seus olhos pretos como o carvão de Moatize,
Seus lábios fofos são formosos como o chão da minha casa,
Seu beijo molhado é tão doce como a mapira de Inhambane,
E vejo te amarrada na capulana que chora lágrimas de pobreza....

A sua pele é tão vermelha como a areia de Xai-xai,
A sua voz tão linda me faz lembras as crianças chorarem de fome,
O seu nariz me deixa sorridente pois absorve tanta energia como a Cahora Bassa
E o meu coração vai se afundado em um amor infinito...

A minha paixão por você é transparente como as águas de Cabo Delgado,
Você me dá alegria por suas palavras perecerem camarões de Sofala aos meus ouvidos,

O nosso amor foi a primeira vista,
Naquele chapa-cem quando íamos a Marracuene,
Eu morria de ciúmes quando olhavas para os olhos de mapira do cobrador
Quando tu viravas para mim... o meu coração batia fortemente
Até parecia a minha mãe pilando milho dentro de mim.

Eu quero ter cinco filhos contigo Isabel
E levá-los a Zambeze e jogar os cocos,
E quem sabe depois viajarmos para norte e sermos felizes para sempre...
Ah! Eu te amo Isabelinha
Te amo mais que as mulheres de olhos verdes e azuis de Angoche,
Muito mais que as machanganas de Maputo.
A sua beleza é forte como a do lago Niassa,
E o seu corpo ondulado se parecem com as montanhas de Manica, eu não resisto a você...
Pois tu és mais doce que a tindziva açucarada de Gaza.

Venha, eu te quero levar para a terra do meu pai
Comer mandioca e batata-doce,
Até você encher a barriga e repousar naquela casa linda de caniço que fiz para gente
Eu te adoro...
Eu só não te levo a terra de Camões
Porque ainda te quero beijar nas cachoeiras da Namaacha,
E te ver a chupar cana-doce em Boane
Eu só vivo para ti minha linda
Eu te quero casar na ilha de Moçambique
E passar a lua de mel em Nacala.
Eu sempre te amei e quero te amar assim como amo o meu belo país.
Eu te amo Isabel.

Tomás Daniel Queface (adaptado)

O vermelho




Os factos e argumentos nos levam a lugares imagináveis, nos surpreendendo a cada vento. Os argumentos necessitam dos factos para ter uma lógica, já os factos precisam dos argumentos para serem sustentáveis e adquirirem uma completa perfeição.

Mas tudo se torna irritante e insuportável quando os argumentos se viram contra os factos e vice-versa. Nesse barco prefiro mil vezes saltar para o mar. Melhor morrer no meio das águas do que num universo de mentiras e verdades, onde verdades se tornam mentiras e as mentiras transformam-se em verdades e acaba por ser um jogo sem sentido.

Mas quem me dera eu ter pensado antes, em não entrar nesta vida cheia de complicações, onde os anjos se tornam maus e os maus se tornam bons mas que tudo é um teatro e que são todos uns hipócritas.

Se a mulher é aquilo que agora vejo, eu me lembro e penso dos momentos de criança em que gastava o meu tempo a imaginar como seria a minha “menina”, nos poemas que sempre sonhei em escrevê-la, nas músicas que sempre pensei em cantá-la.

Hoje tudo é uma desilusão...

Quem me dera quando “puto” alguém me ter dito que o mundo não era assim como é hoje, que isto não é um mar de rosas como via nas novelas, mas que tudo é um lixo inútil. Estou aborrecido por ver o que nunca pensara em ver.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Revolução "Chapas"




Foi no dia 5 de fevereiro de 2007 que teve lugar na cidade de Maputo, capital de Moçambique a Revolucao popular, que exigia o reajuste do preço dos chapas. Foi uma coisa inesperada, a população cansada de de se manter calada e de deixar que os outros respondessem por si, decidiu levantar a voz e gritar bem alto. «AQUI QUE MANDA SOMOS NOS», esse era o espírito que levou milhares de populares a largarem os seus favores e lutarem por uma causa, causa que mexia com as suas vidas. Acordaram bem cedo e logo pela manha começaram com a sua marcha. Andaram em divesras artérias da capital, nos bairros suburbanos, enfim, descarregaram a sua raiva. Bloqueiaram as estradas com condetores de lixo, troncos das arvores, e ate chegaram a arde 3 carros, um deles "chapa-cem". Governo respondeu com seus policias que fizeram de tudo para acalmar os nervos da populacao. nervos que o povo mocambicano veio acumulando desde a muito tempo. No final de cada ano os preços disparam, os produtos de primeira necessidade sobem e o povo sempre foi calmo. Nao nos peçam para nos acalmarmos pois os diregentes ja ousaram da nossa paciencia. Viva a Revolução!!!