sábado, 16 de maio de 2009

Homossexualidade



Nos meados do ano passado fui assistir a uma exposição de fotos na fortaleza de Maputo. As fotos eram oriundas de vários países do mundo, dos cinco continentes. Estavam patentes centenas de fotos mas apenas cinco me chamaram atenção. As fotos foram captadas em Budapeste, capital da Hungria. Era uma manifestação de orgulho gay, tipo aquelas que aconteceram nos anos 50 e 60 quando os negros na América protestavam contra a segregação racial e também por parte das femenistas que exigiam direitos iguais perante aos homens. A manifestação de gays e lésbicas em Budapeste tinha o mesmo objectivo com aquelas que sucederam nos anos transatos. A marcha terminou em tragêdia! Vários mortos e feridos dentre os protagonistas do desfile. Ninguém esperava que a luta pelos direitos civies acabaria com sangue derramado no chão. Não foi a polícia quem atacou aquelas pessoas que ambulavam pelas ruas, foram os neo-nazis vestidos de preto com paus, pedras, bombas caseiras, facas e armas nas mãos para pôr em práticas seus princípios e ideologias. Mataram, feriram e causaram dor naqueles que escolheram ser aquilo que são porque são humanos e tem a liberdade de viver a vida a sua maneira. Os jovens nazis não puderam ver que além de gays ou lésbicas aqueles eram seres humanos que assim como eles querem viver, sonhar e serem felizes. Quem somos nós para interferir na vida dos outros, nas escolhas alheias? Quem somos nós para aceitar ou recusar a existência de outros grupos humanos? O ódio e o preconceito são condições da vida ou nós é que insistimos que esses prevaleçam em nossas sociedades? A ignorância aumenta de modo assustador. Jovens e adolescentes filiam-se a grupos nazis e lá aprendem a que existem que existem raças superiores e passam a hostilizar qualquer um que que seja diferente de si. O preconceito é irracional, porque é mais virado para as emoções do que a razão. É uma espécie de ignorância, geradora de racismo, xenófobia e intolerância.